Pé saudável: 5 dicas para ajudar seu familiar idoso a caminhar melhor
- Revista Vitrine do Aposentado
- 29 de jun. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 30 de jun. de 2020
Por:Maria do Socorro Pantoja
Pé com 60,70 e 80 anos, quanto desgaste já sofreram!

Com o passar dos anos há um desgaste diário das articulações, perda da camada de gordura protetora da planta dos pés e diminuição da elasticidade da pele, o que torna os pés mais propensos a problemas como tendinites, fasceítes e bursites levando a dor e desconforto para caminhar. Além disso, calos e calosidades, unhas encravadas incomodam muito e podem ser um dos motivos pelos quais seu familiar está evitando andar. “É nesta fase, os pés tornam-se propensos a lesões, comprometendo tanto a sua funcionalidade quanto a sua anatomia. Problemas com os pés são frequentes, mas poucos valorizados pelos profissionais de saúde, cuidadores e até pelo próprio idoso.” Reforça a podóloga, especialista em Gerontologia Maria do Socorro Pantoja.
Onicocriptose? Que “bicho” é esse?
Até difícil de falar! Mas, é o nome técnico para unha encravada e faz parte do rol de problemas que podem estar afetando a mobilidade do seu familiar. A especialista Maria do Socorro ensina que podologia é o campo da saúde que estuda a anatomia, a mecânica, as doenças que afetam os pés e seu tratamento. Os principais problemas das unhas que afetam os pés em pessoas idosas são:

onicocriptoses (unha encravada),
onicofose (calo debaixo da unha),
onicogrifose (distrofia da unha),
onicólise, (descolamento da unha),
onicosclerose (espessamento),
onicomicose (infecção por fungos),
paroníquia (infecção, unheiro),
leuconiquia (manchas brancas nas unhas),
onicoalgia (dor na unha causada por trauma, inflamação, alterações vasculares
Outras alterações dermatológicas são os calos na região da planta dos pés, no dorso e nos dedos. A calosidade, a verruga plantar e o pé de atleta também conhecido por frieiras são também muito comuns. Além disso, a podem aparecer pequenas lesões nas extremidades dos pés causando coceira e ardor (disidrose), a bromidrose que é produção fétida do suor nos pés ou o famoso chulé, anidrose (redução do suor) e fissuras (rachaduras, lesão aberta no calcanhar). Essas alterações começam a ficar mais frequentes porque os idosos já não enxergam e sentem cheiros tão bem como antes, tem dificuldade de se curvar e abaixar para lavar e secar os pés, especialmente os vãos dos dedos. Além disso, as deformidades podem se acentuar com a idade: pé plano, cavo, valgo e varo, os dedos em garra, esporão de calcâneo e o hálux valgo (joanete). Maria do Socorro ressalta que há muita desinformação para o autocuidado dos pés nos idosos e isso faz com que haja negligência deles e dos cuidadores quanto à importância de cuidados preventivos para a saúde dos pés. Ela diz que é nesse momento que o Podólogo especialista em Gerontologia, exerce um papel fundamental como facilitador e educador dos cuidados com os pés, juntamente com outros profissionais da saúde. Ter pés bem cuidados é fundamental para a melhora da mobilidade e maior independência no dia a dia.
5 dicas para cuidar bem dos pés
Lavar os pés diariamente com sabão e água, de preferência morna, secar bem entre os dedos para evitar a proliferação de fungos e bactérias, e aproveite para examinar os pés. Use barras de segurança no banheiro para que seu familiar possa se apoiar, certifique-se que há um antiderrapante e se possível coloque um banquinho dentro do box para fazer a higiene dos pés na posição sentada.
Hidratar sempre, para evitar descamação e fissuras. Use hidratantes em todo o pé, especialmente na região do calcanhar. Não coloque as meias ou sapatos logo em seguida. Espere o pé tomar um ar e a pele absorver o creme.
Usar meias de algodão, sem costuras. Evitar as meias sintéticas que podem causar atritos na pele e dificultam a transpiração causando o mau odor.
Usar sapatos confortáveis e seguros. Nada de chinelos que saem do pé. Ao comprar sapatos para o seu familiar, vá com ele a loja no final do dia quando os pés podem estar mais inchados. Nunca compre um sapato muito justo, especialmente na largura. Opte por velcros ao invés de cordões. Sapatos com o tempo, tomam a forma do pé, isso pode causar mais conforto aparente, porém podem contribuir para dificuldades no caminhar e aumentar o risco de cair. Se quiser saber mais sobre o risco de quedas
Procurar um podólogo quando tiver dúvida ou sentir desconforto nos pés. Este profissional poderá auxiliar na melhor conduta de higiene e cuidados para a prevenção de alterações podais que acometem pés de idosos. A frequência ideal é uma vez ao mês, mas se não for possível faça visitas periódicas e peça orientações.
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