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Doenças do Coração

Atualizado: 12 de jun. de 2020

Doenças do coração matam 17,5 milhões de pessoas por ano no mundo





Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 17,5 milhões de pessoas morrem anualmente no mundo em consequência de doenças cardíacas. Só no Brasil, cerca de 300 mil pessoas morrem por ano em decorrência de doenças do coração, o que corresponde a uma vida perdida a cada minuto.

As doenças cardiovasculares representam, no Brasil, mais de 30% das mortes registradas. São doenças potencialmente graves, mas, como tantas outras, existem formas práticas de preveni-las. Hábitos de vida mais saudáveis, por exemplo, é o primeiro passo. Se a doença já mostrou os primeiros sintomas, o paciente deve buscar avaliação médica especializada e a partir daí manter um acompanhamento constante, seguir as orientações recomendadas como mudar o estilo de vida e usar regularmente as medicações prescritas. De acordo com o cardiologista baiano Jadelson Andrade, alguns cuidados são necessários para evitar doenças cardíacas, como a Hipertensão Arterial, arritmias cardíacas, Angina e Infarto Agudo do Miocárdio. Para o médico, existem sete fatores potencias de risco muito bem identificados para doenças cardiovasculares, por ele denominados de

“Os Sete Cavaleiros do Apocalipse”, que são o tabagismo, colesterol elevado, pressão alta, diabetes, sedentarismo, obesidade, sobretudo a abdominal, o excesso de consumo de sal e álcool. As pessoas devem ficar atentas ao uso excessivo de sal, por exemplo, que leva a um aumento progressivo da pressão arterial . A Hipertensão Arterial por sua vez, é o principal Fator de Risco para males como Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Infarto do Miocárdio. Além da redução do consumo de sal outras formas de prevenir doenças cardiovasculares é praticar atividade física, não fumar, ter uma dieta saudável, controlar o peso, medir periodicamente a pressão arterial, a taxa de colesterol e açúcar no sangue de forma mais consistente ainda para as pessoas que têm histórico familiar de Doenças do Coração. Para o Dr. Jadelson, hoje em dia só tem “infarto no coração” quem quer, pois segundo ele, além de seguir os programas de prevenção evitando os fatores de risco cardiovascular existem exames que auxiliam no diagnóstico de todas as formas de doenças cardiovasculares, a exemplo, eletrocardiograma, teste de esforço, cintilografia miocárdica, ecocardiografia, Angiotomografia Computadorizada das Arterias Coronarias. “Uma vez identificada a doença, a medicina dispõe hoje de recursos extremamente eficazes para conduzir o problema”, afirma.

O cardiologista Jadelson Andrade é superintendente e diretor do Centro de Cardiologia do Hospital da Bahia. Fellow da American College of Cardiology e da European Society of Cardiology. Foi presidente da Associação Bahiana de Medicina, Vice-Presidente da Associação Médica Brasileira e Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2012 – 2013). Membro Titular da Academia de Medicina da Bahia. Em agosto de 2015, fez o lançamento do livro “Prevention of Cardiovascular Diseases”, editado na versão em inglês, em Londres na Inglaterra. Também recebeu o prêmio “LIDE Saúde 2018” – Grandes Nomes da Medicina Brasileira. 1 – Mais importantes fatores de risco para doenças cardiovasculares – “Os Sete Cavaleiros do Apocalipse” 1 – Tabagismo – Os derivados da nicotina produzem lesões no interior das artérias favorecendo que a gordura que circula no sangue vá se alojar nas suas paredes promovendo obstrução a circulação do sangue. Quando ocorre nas Artérias do Coração (artérias coronarias) pode evoluir para o Infarto Agudo do Miocárdio. Quando este mesmo processo ocorre nas Artérias do Cérebro pode levar a ocorrência de AVC (Derrame) . 2 – Colesterol elevado – Quando as taxas de gordura que circulam no sangue estão elevadas, sobretudo a taxa do colesterol ruim (LDL Colesterol), elas vão se agregar no interior das artérias formando placas de gordura que leva ao entupimento destes vasos dificultando a circulação do sangue para o coração ou para o cérebro sendo um importante fator de risco para o Infarto e o AVC. 3 – Pressão arterial elevada ou Hipertensão Arterial – A pressão arterial não controlada (hipertensão arterial) habitualmente não gera sintomas por esta razão deve ser medida frequentemente, sobretudo para quem possui histórico familiar de hipertensão. É o mais importante Fator de Risco para o AVC, Insuficiência Renal e Infarto do Miocárdio. 4 – Sedentarismo – O exercício físico é um importante aliado na prevenção das Doenças Cardiovasculares (Infarto do Miocárdio e AVC). A atividade física diária estimula a produção de hormônios (endorfinas) que protegem a circulação sanguinea, ajuda no contrôle da pressão arterial, redução do peso, redução do stress emocional, além de melhorar qualidade devida e por consequência a autoestima. 5 – Obesidade – O aumento progressivo do peso que leva a obesidade, sobretudo a obesidade abdominal, está associado na maioria dos casos a elevação da pressão arterial, aumento das taxas de colesterol, de açúcar (glicemia), e fortemente associado ao desenvolvimento de Diabetes. 6 – Diabetes – O Diabetes é um dos mais importantes Fatores de Risco para a o desenvolvimento de Doenças Cardiovasculares, Doença Renal e Vascular Periférica. O individuo se torna diabético quando as suas taxas de açúcar no sangue ultrapassa os limites preconizados como normais. O controle adequado das taxas de açúcar através de dieta e medicações quando indicados é essencial para evitar as graves complicações da evolução desta deonça. 7 – Excesso de consumo de sal – O excesso de consumo de sódio componente do sal de cozinha além de ser um importante fator para o desenvolvimento de hipertensão arterial, dificulta o controle da pressão nas pessoas que já são sabidamente hipertensos. A Organização Mundial de Saúde(OMS) recomenda que uma pessoa adulta deve consumir menos de 5 gr de sal (ou 2 gr de sódio) por dia. Essa quantidade equivale a menos que uma colher de chá rasa ou cinco pacotinhos de 1 gr. Principais doenças cardiovasculares (DCVs) As Doenças Cardiovasculares (DCVs) estão divididas entre as doenças circulatórias, do músculo cardíaco, estruturais e Arritmias Dentre elas destacam-se; Na artérias do Coração: Angina Estável, Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio Do Músculo Cardíaco – Miocardiopatias, Insuficiência Cardíaca Estruturais: Doenças das Válvulas do Coração por Estenose ou Insuficiência Valvar Cardiopatias Congênitas por mal formações ocorridas no coração durante a gestação – Formas simples e complexas Arritmias Simples e Complexas Do Cérebro - Acidente Vascular Cerebral Isquêmico – Obstrução aguda das Artérias que levam o sangue ao cérebro ou por trombose destas artérias por coágulos oriundos do coração Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico – Por rompimento das Artérias do Cérebro habitualmente secundário a aneurismas das artérias que irrigam o cérebro. Sintomas mais comuns das doenças cardiovasculares: Infarto e AVC O grande risco das Doenças do Coração como as que levam ao entupimento das suas artérias (coronárias) é que em grande parte dos casos elas evoluem de forma silenciosa e o primeiro sintoma pode ser um Infarto do Miocárdio ou a Morte Súbita, daí a importância da prevenção evitando os Fatores de Risco que foram relacionados. Quando ocorrem, os sintomas se apresentam de diversas formas: dor forte no peito esquerdo ou na região central do tórax, dor no peito irradiando para mandibula ou para o braço esquerdo. Em alguns casos se apresenta sob a forma de dor forte no estomago irradiando para o peito ou para as costas. Estes sintomas podem estar associados a palidez, sour frio e náuseas. No caso destes sintomas se apresentarem a melhor conduta é procurar assistência médica o mais rápido possível se dirigindo a um serviço de emergência ou se os sintomas forem muito intenso acionar o serviço da SAMU. Quanto mais precoce o atendimento após o inicio dos sintomas mais chance do diagnostico e tratamento precoce, evitar complicações e de sobreviver. Quanto ao Acidente Vascular Cerebral (Derrame) os sintomas iniciais habitualmente se presentam como desorientação mental súbita, formigamentos na face ou em um lado do corpo, alteração da fala, alteração na visão, alteração aguda do equilíbrio, dificuldade de falar, perda aguda de força nos braços ou pernas. Estes sintomas podem estar acompanhados ou não de dor de cabeça intensa. Quando alguns deste sintomas se manifestam a melhor conduta é procurar de imediato o atendimento medico em um serviço de emergência. Quanto mais precoce o atendimento mais chance do AVC ser diagnosticado, o tratamento iniciado e evitar a ocorrência de sequelas como a perda definitiva de movimentos, perda da visão e da fala dentre outras complicações mais graves. Coágulo de sangue: complicações possíveis Quando o sangue fica acumulado em um vaso sanguíneo ele se organiza sob a forma de coágulos. Isto ocorre mais comumente no coração ou nas veias dos membros inferiores (veias das pernas). A causa mais frequente de formação destes coágulos no coração é quando ocorre uma arritmia cardíaca (alteração do ritmo cardíaco) chamado Fibrilação Atrial. A presença desta arritmia leva a predisposição para a formação de coágulos em uma das cavidades do coração chamado atrio esquerdo. Quando estes coágulos se formam nesta cavidade se não forem tratados com medicação anticoagulantes eles se desprendem do coração e são levados pela corrente sanguínea par o cérebro ocasionando trombose das artérias cerebrais e tem como consequência final o Acidente Vascular Cerebral. A identificação precoce desta arritmia pode evitar a formação destes coágulos com utilização de anticoagulantes uma importante medicação para evitar o AVC nestes casos. Os coágulos por razões diferentes podem também se formar nas veias dos membros inferiores (veias das pernas). Nestes casos quando eles se desprendem das veias são levados pela circulação sanguínea até os pulmões causando um grave problema médico chamado Tromboembolismo Pulmonar (Embolia Pulmonar). A identificação precoce de pacientes que tenham predisposição para a formação destes coágulos nas veias é muito importante pois a utilização de medicação anticoagulante previne a formação destes coágulos.

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